1987
Uma noite em um quarto de hotel em São Paulo, sem papel para fazer algumas anotações, usei um guardanapo para registrar, desenhar algumas ideias que me vieram assim ....sabe quando a brisa da madrugada sopra coisas estranhas durante o sono? eu nunca andei sem os meus cadernos de desenho e aí eu fui pega desprevenida. Mas o guardanapo serviu para registrar formas que depois viriam a fazer parte de uma série de desenhos e pinturas.
Estudo a partir do desenho do guardanapo
Pinturas Vinil sobre papelão sola e lona
Aquarelas
Acrílica sobre lona
Alguns preceitos para usar um caderno de viagem
José Neves. Portugal
Eleger os cadernos e os instrumentos de desenho com o acerto do operário
que escolhe as suas ferramentas.
Desenhar sempre por necessidade, vício ou prazer, nunca por obrigação.
Desenhar sempre por necessidade, vício ou prazer, nunca por obrigação.
A obrigação pode cegar.
Desenhar as coisas como se de as salvar se tratasse.
Observar como quem recorda e representar como quem inventa,
Desenhar as coisas como se de as salvar se tratasse.
Observar como quem recorda e representar como quem inventa,
para que o desenho consagre o estranho como reconhecível e
nos devolva o familiar como surpresa.
Reagir às coisas desenhando, para nos construirmos.
Observar pacientemente para que o que registamos possa surgir mais tarde
Reagir às coisas desenhando, para nos construirmos.
Observar pacientemente para que o que registamos possa surgir mais tarde
sob formas imponderáveis.
Os cadernos de viagem são a bagagem que arrumamos hoje para vir desarrumar o futuro.
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